Respeito o cara que é padre
Porque não sente tesão
Respeito quem rouba com fome
Quem consegue dizer não
Tem o meu respeito quem pede esmola
Quem ganha a sua mesada
Mas tem que ser mão aberta
Com a rapaziada
Só não há perdão para o chato
Perdão para o chato
Não há perdão
O reino dos céus é do chato
Do chato, do chato
Do otário e do cagão
Respeito quem é radical
Respeito quem ama errado
Respeito o cara careta
E o cara exagerado
Quem não gosta de criança
E quer viver solitário
Quem odeia rock’n’roll
Mas gosta de um rebolado
Só não há perdão para o chato
Perdão para o chato
Não há perdão
O reino dos céus é do chato
Do chato, do chato
Do otário e do cagão
Respeito o cara-de-pau
Respeito o mal-humorado
Respeito a quem só reclama
Por ser mal remunerado
Tem o meu respeito quem quebra tudo
Na noite dos desesperados
E também o cara burro
Que sabe ser engraçado
Só não há perdão para o chato
Perdão para o chato
Não há perdão
O reino dos céus é do chato
Do chato, do chato
Do otário e do cagão