Por cantos sem cantar nós somos
Velhos escroques sem futuro
Esperando que a mão da morte
Escreva por ela mesma
Pulando sobre a lua
As vacas e Jesus
Enormes paisagens de plantações sem futuro
Eu não sei quem sou
Nem porque “faço”
E às vezes me sinto vivo
Quando quebro um desses objetos chatos
Que a gente esbarra sem querer
Daí escreve como quem levasse uma topada
Deus me deu um coração que ama
Alguma tristeza
Destreza e champagne
Quanta gentileza!