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Indireta (Letra)

E aê? Tudo bom?
Eu só queria te dizer que

Eu acredito que o flerte é a forma que o amor encontra
Pra mostrar que, apesar de ser velho como a morte
Permanece novo como uma criança
E eterno como o tempo

Encontrar com quem se gosta
Transforma seu olhar num pedaço de céu de ano novo
E seu coração em pista de dança
Nossos beijos fazem com que amores de cinema
Sejam superficiais demais pra compreender
A profundidade em que a gente se conhece

Pintamos o céu nas cores de uma nebulosa
Fazemos a lua sentir inveja de não ter alguém
E a vizinha do seu apartamento saber nosso nome
Somos a chance de um bom dia a dois
Você é o meu déficit de atenção
Com cheiro de morango e Champagne
Cada fim do dia é como se o mundo acabasse pra começar de novo

Assistimos o fim do mundo toda noite
De camarote, com os pés na janela e as pernas entrelaçadas
Vendo estrelas cochichando todos os segredos do mundo entre elas
Com o tempo, entendi que você é tudo aquilo que eu não sei explicar
Somos um casal de metrô
Não temos medo, nem vergonha, temos desejo

Já percebeu que desejo cega?
Sou cego de paixão por você
Defina quanto pesa um suspiro
E eu te defino do que é feita a paixão
Suas palavras e o meu silêncio tem um caso de amor,
Cada vez que ficam juntos transam num som de diálogo
E os filhos dessa relação nascem nas noites em claro
Em que passamos no telefone

Somos o som de beijo na chuva
E eu sinto que cada verso que eu faço
É como se ele devesse um imposto aos seus lábios
Quando a gente discute,
Sua voz soa como unhas numa lousa,
Você é o som de garfos riscando o meio de um prato
E eu me sinto como se eu tivesse mastigando alumínio
Meus pedidos de desculpas são as rosas em cima da mesa,
O vaso você quebrou quando jogou em mim, lembra?
Elas são feitas de tudo aquilo que eu não escrevi
E não falei e o envelope embaixo das rosas,
São as borboletas do meu estômago
Algumas ainda estão vivas
E eu acho que elas também pertencem a você,
afinal elas não nasceram sozinhas

Sim! Nossa relação é muito intensa
Por isso Deus nos separou, me fez sol, te fez lua, e o eclipse,
O eclipse é a prova de que o amor existe

A saudade nada mais é que o sentimento
De algo que era nosso e que por alguma razão
Não está mais com a gente

Você é sinônimo de “Eu”
Distância é antônimo de “Nós”
Será que gostar de alguém é o céu do céu?

Eu não culpo Adão por ter comido a fruta proibida do
“Jardim do Éden” e tudo mais, afinal quem ama confia
Nos separamos, mas um dia voltamos
E reescrevemos nossos pedidos de perdão
Com manchas de maquiagem e roupas pelo chão
Desenhamos o Kama-Sutra com gotas de suor
E redesenhamos a mobilia da minha casa

Mas contigo sempre foi mais que isso,
Ao seu lado eu cheguei a conclusão que
Sexo é que a gente faz na cama, parados, ou quase
E amor é o que a gente faz andando de mãos dadas
Quando transamos, transamos por inteiro,
Fazemos nossas almas trocarem de residência
E o seu bairro pensar que gente antecipou o ano novo
E entre Valeska e Madre Tereza
Você é o meio termo que todo homem deseja encontrar

As dobras do nosso lençol tem os segredos
Que a gente divide na cama em silêncio
Por falar em silêncio, universos colapsam na sua mudez,
Minhas perguntas viram monstros em baixo da cama
E assim eu, igual criança não quero dormir sozinho
Dorme comigo?

Esses dias eu tava pensando,
Steve Wonder nasceu cego e quando ele diz “Sunshine”, Nascer do sol
Fala de algo que ele nunca viu,
Talvez seu sorriso seja a definição de “Sunshine”
Na mente de Steve Wonder

Seus defeitos se anulam com os meus,
É como se menos com menos desse mais
E segundo um truta meu idade é só um número e eu odeio matemática,
Exceto pelo fato de que no amor
A única conta improvável existe!
A soma de dois resulta em um
E o resultar em um nesse caso significa em três, um filho

Adoro o jeito como você joga o cabelo
Pro lado e ele parece uma onda é como se meus dedos
Afogassem meus desejos cada vez que eu ponho as mãos na sua nuca
Adoro seu tamanho, nem alta como seus sonhos,
Nem baixa como minha autoestima, cabe no meu abraço
E abraça o mundo como se fosse seu travesseiro
O seu sussurro soa como uma orquestra
A forma como você domina os seus agudos e graves
Me lembra um maestro
Você rege um concerto sobre tesão
E sinfonias ao pé do ouvido

Às vezes sinto tanto a sua falta que chego a ouvir sua voz,
A sentir seu perfume pelos corredores da minha casa,
Já namorei com a sua sombra, já conversei com a sua foto,
Meu travesseiro tem o seu nome,
Eu vou pra cama com você toda noite

O seu senso de humor faria a “Monalisa” gargalhar
E sua risada ia soar como uma das noites em “Woodstock”
Onde jovens descobriram que o amor é inocente
E que o vilão é o coração

Queria engarrafar sua voz, pra que nas noites frias
Em que o mundo se sente só, você pudesse ecoar,
Fazendo com que a cidade inteira sinta o que eu sinto
Quando você diz: “Alô” ou “Olá”
E por falar em “olá”, você traz um céu no seu “olá”
E talvez nem se dá conta do quanto eu espero
O seu olhar cair sobre o meu

Você me encanta

Às vezes pensando eu chego a conclusão
De que você é dona do seu nariz de que o mundo se curva
Perante seu caminhar, de que você além de ser brilhante
É um avião, mas a minha pergunta é:
“Quando vai ser dona do meu sobrenome? ”

Beijo

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